Assim como já aconteceu com o tênis feminino, que passou a ficar muito aberto ao término no período de domínio de Serena Williams, também o masculino revela essa tendência com o big 3 fora de combate. Afinal Indian Wells, considerado o quinto maior torneio do planeta, atrás apenas dos Grand Slams, teve uma final bem aquém das expectativas. Cameron Norie venceu Nikoloz Basilashivi num jogo de pouca emoção, muitos erros e compreensível nervosismo de ambas as partes. Até mesmo o público não foi condizente para um Master 1000.
Já nas semifinais não havia mais nenhum top 20 nas quadras de Palm Desert e o que salvou a competição foi a bela decisão do feminino, com Paula Badosa superando Victoria Azarenka em três lindos sets. O inédito título da espanhola em uma competição desse nível confirma o que já se vê há um bom tempo. Na WTA quase não se repetem as campeãs. Será que o mesmo irá acontecer com o masculino?
Paris Bercy está chegando para mostrar se o masculino seguirá o caminho de Indian Wells, com muitas surpresas, ou se as novas estrelas irão assumir o domínio. A chamada nova geração tem realmente muitos talentos e jogadores carismáticos. Mas resta saber como fica o interesse do público. Lembro de quando cheguei para o US Open de 2019: Roger Federer perdeu para Grigor Dimitrov e no dia seguinte a procura de ingressos para a final caiu em cerca de 40%.
Pelo menos para Paris haverá a anunciada volta de Novak Djokovic, que também jogará a Davis e o Finals. O torneio costuma ter desfalqueis de tenistas que já estão se poupando, mas tem tremenda importância para aqueles jogadores que ainda buscam uma vaga para o Finals. Enfim esse final de temporada tem muito a revelar sobre o futuro do tênis.