O sorteio determinou que o Brasil vai encarar no playoff do Grupo Mundial da Copa Davis a Croácia, um adversário, antes de tudo, bastante perigoso. Se a repentina queda no ranking da ITF deixou o País fora dos cabeças de chave, pelo menos, haverá a vantagem de se jogar em casa. A CBT ainda tem alguns dias para definir o local do confronto, que será disputados de 18 a 20 de setembro. Mas tudo indica que o confronto será no saibro e ao nível do mar. São condições que ajudam os tenistas brasileiros e incomodam os adversários. Faz parte do regulamento, característica que transforma a Davis numa das mais emocionantes competições da modalidade.
A princípio o fato de se jogar em casa sugere uma euforia. Mas não é bem assim. Muito vai depender do time que a Croácia mandar ao Brasil. O principal jogador, Marin Cilic, número 9 do ranking da ATP e atual campeão do US Open, não participou da competição este ano. Mas agora a situação é outra. Se o seu país vier a perder o confronto será rebaixado e Cilic deve sofrer pressões.
Uma fato semelhante acontece com Ivo Karlovic, o gigante sacador. Só que a situação é outra. Ele não disputa a Davis desde 2012, portanto, acredito que não se sentiria pressionado a viajar ao Brasil para jogar, muito provavelmente, em condições que deteste: um saibro lento, ao nível do mar, além de uma bolinha que possa fazer com que seu poderoso serviço não funcione bem.
Há ainda uma outra dúvida no time croata. O duplista Ivan Dodig, bastante conhecido dos brasileiros por formar parceria com Marcelo Melo. No último confronto a dupla foi formada Marin Dragonja e Franco Skugar. Neste caso, as coisas teoricamente ficariam mais tranquilas para Melo e Bruno Soares.
O time adversário ainda tem uma das maiores revelações do tênis nos últimos tempos. É Borna Coric, de apenas 18 anos. Ele já tem em seu currículo vitórias sobre Rafael Nadal e Andy Murray, além de ter sido campeão juvenil do US Open em 2013.
O cenário não deixa dúvidas de que a Croácia será um adversário difícil. Mas olhando pelo outro lado poderá trazer ao Brasil uma estrela do tênis, Marin Cilic. Afinal, o sorteio ainda poderia determinar a vinda da Suíça de Stan Wawrinka e Roger Federer. Ou mesmo a República Tcheca, de Tomas Berdych. As outras opções em se jogando em casa seriam Itália, Estados Unidos e Alemanha. Contra a Eslováquia seria fora e Japão outro sorteio. Enfim, será que a Croácia é uma boa?