A temporada 2018 do tênis começa em menos de duas semanas e muitos expoentes da nova geração estão dispostos a dar um salto de qualidade e se firmar na elite do circuito. Hoje apresento no blog dez nomes com menos de 20 anos e fora do top 100 da ATP ou da WTA. São tenistas que já vem de bons resultados em seu primeiro ou segundo ano como profissionais e começam a aparecer nas chaves de grandes torneios e que terão presença cada vez mais constante nas principais competições do circuito.
Amanda Anisimova: A americana de apenas 16 anos subiu do 761º para o 192º lugar do ranking em 2017, chegando a ocupar a 183ª posição em 28 de agosto. Ela encerrou a carreira juvenil com 15 vitórias e apenas uma derrota durante a temporada, com destaque para o título do US Open da categoria.
Já como profissional, foram 22 vitórias e três finais de ITF, com um título em Sacramento. Além disso, Anisimova acabou recebendo convite para jogar Roland Garros por meio do acordo entre as federações nacionais de França e Estados Unidos. Anisimova esteve no Brasil e jogou um ITF profissional em Curitiba, além de ter vencido o Campeonato Internacional Juvenil de Porto Alegre, antiga Copa Gerdau.
Bianca Andreescu: A canadense de 17 anos e 189ª do ranking iniciou a temporada apenas no 306º lugar e teve como melhor ranking a 143ª posição, alcançada em agosto. Andreescu se tornou a primeira jogadora nascida nos anos 2000 a derrotar uma top 20 do mundo ao superar a então 13ª colocada Kristina Mladenovic em Washington.

Depois de saltar no ranking, furar o quali de Wimbledon e derrotar uma top 20 em Washington, Andreescu foi eleita a melhor jogadora do Canadá
Além de ter chegado às quartas de final do WTA disputado na capital norte-americana, a canadense treinada pela ex-número 3 do mundo Nathalie Tauziat também furou o quali de Wimbledon e venceu dois ITFs. O salto no ranking e bons resultados fizeram com que ela fosse eleita pela federação de seu país como a melhor tenista canadense de 2017, desbancando a ex-top 5 e atual 83ª do ranking Eugenie Bouchard.
Dayana Yastremska: A ucraniana de 17 anos também já esteve diante do público brasileiro, quando conquistou seu primeiro título profissional no ano passado em Campinas. Em 2017, Yastremska saltou do 342º para o 188º lugar do ranking mundial e venceu um ITF. Ela chegou às quartas em dois torneios da WTA, a primeira no saibro de Istambul e depois nas quadras duras e cobertas de Moscou, que é um evento de nível Premier.
Destanee Aiava: Primeira jogadora nascida nos anos 2000 a vencer um jogo de WTA, este ano em Brisbane, Aiava tem apenas 17 anos e já irá disputar seu segundo Australian Open em janeiro de 2018. Ela subiu do 384º para o 154º lugar no ranking mundial durante a última temporada e chegou a conqusitar dois títulos de ITF.
Kayla Day: Depois de saltar do 988º para o 195º lugar em 2016, a jovem norte-americana teve uma nova ascensão no ranking e aparece atualmente na 152ª posição. Day completou 18 anos em setembro, três meses depois de ter alcançado a 122ª colocação no ranking. Convidada para jogar em Indian Wells, Day avançou duas rodadas e só parou na então sétima colocada Garbiñe Muguruza em duelo de três sets. Já no mês de agosto, ela entrou diretamente na chave do Premier de Stanford e avançou uma rodada antes de novamente só cair diante de Muguruza.
Xinyu Wang: Com apenas 16 anos e número 5 do ranking mundial juvenil, Xinyu Wang disputou apenas oito partidas válidas pelo circuito profissional em 2017 e conseguiu cinco vitórias. Até por isso, ela aparece apenas no modesto 767º lugar do ranking mundial. Entretanto, a jovem chinesa terminou o ano conquistando uma vaga na chave principal do Australian Open ao vencer a seletiva entre jogadores profissionais da Ásia e do Pacífico, chegando a vencer a ex-top 30 japonesa Misaki Doi na semifinal.
Felix Auger-Aliassime: O canadense de 17 anos já chama atenção desde 2015, quando se tornou o jogador mais jovem a vencer um jogo de challenger com apenas 14 anos, além de ser o primeiro nascido nos anos 2000 a conseguir tal feito.

O canadense é o mais jovem a vencer um jogo de challenger e o primeiro nascido em 2000 a ter um título deste porte
Em 2017, Auger-Aliassime deu um salto no ranking, saindo do 601º para o 162º lugar, impulsionado por seus dois primeiros títulos de challenger, em Lyon e Sevilha. Ele poderia ter feito sua estreia em nível ATP no mês de agosto, durante o Masters 1000 de Montréal, mas teve que abrir mão do convite por conta de uma lesão no punho esquerdo.
Miomir Kecmanovic: Há um ano, Kecmanovic era o número 1 do ranking mundial juvenil e apenas o 806º colocado no ranking da ATP. Depois de conseguir 43 vitórias no circuito profissional em 2017, com três títulos de future e um challenger, o sérvio de 18 anos bate na porta do top 200 e aparece na 208ª posição.
Corentin Moutet: O canhoto francês de 18 anos venceu 44 jogos como profissional em 2017, acumulando três títulos de future e um challenger nas quadras duras e cobertas de Brest no fim do ano. Com a boa campanha, ele subiu do 519º para o 156º lugar. Além disso, como a França recebe muitos torneios ATP 250 durante a temporada, é bem provável que ele apareça em algum quali ou receba alguns convites no próximo ano. O primeiro deles será já para o Australian Open, pelo acordo de reciprocidade com as federações nacionais.

Moutet tem 18 anos e ganhou mais de 300 posições no ranking. Ele deverá receber convites no próximo ano
Nicola Kuhn: Nascido na cidade austríaca de Innsbruck, Khun é filho de pai alemão e mãe russa e optou por defender a Espanha aos 15 anos, já que treina na Equelite Sport Academy de Juan Carlos Ferrero. Em julho foi conquistou seu primeiro título de challenger no saibro alemão de Braunschweig, sendo que aquele era apenas o segundo torneio deste porte que ele disputou. Na temporada, ele subiu do 789º para o 241º lugar do ranking.
JÁ ESTÃO NO TOP 100
Como foi dito no início do post, preferi não destacar jogadores que já estão no top 100 do ranking mundial. Entretanto, três nomes que podem também dar um salto de qualidade. No circuito feminino, a canhota tcheca Marketa Vondrousova é 67ª do mundo com 18 anos e já tem até título de WTA, enquanto a bielorrusa de 19 anos Aryna Sabalenka aparece na 73ª posição e foi importante na campanha de seu país até a final da Fed Cup. Já no masculino, destaque para o grego Stefanos Tsitsipas, 91º do ranking mundial e dono de um título de challenger e quatro vitórias em nível ATP, uma delas sobre o top 10 David Goffin.
acho que felix vai ser igual o denis hsapovalov vai surpreender o mundo em algum torneio canada muito bem representado joga demais os dois,esse moutet e muito bom jogador com bom dropshot ja o resto nao acredito muito nao e tsitsipas que ja e top 100 pode fazer um excelente ano…
Cadê a eterna promessa Orlandinho Luz na lista ???
Eu apresentei jogadores que hoje estão em um estágio de desenvolvimento acima, que já estão consolidados em torneios challenger e começando a se aproximar dos 200 melhores. O Orlando teve um ano bem complicado com lesões e mudança de equipe e hoje é apenas o 674º do mundo. Ano que vem ele vai treinar na Espanha, com técnico Leo Azevedo que é bastante experiente. Talvez daqui a um ano ele esteja na posição que esses apresentados estão hoje.
Concordo totalmente com você! Nem faz sentido questionar a ausência dele neste post. Que coisa mais sem noção, caramba!
Eterna promessa porque? Orlandinho tem 30 anos agora?? Espera um pouco mais pra essas ironias… Deixa o guri em paz
Ótimo post! Em minha modesta opinião, 2018 poderá vir a ser uma das mais empolgantes temporadas no tênis já que não teremos, talvez, nenhum jogador com um domínio acachapante, isso tanto no feminino quanto no masculino. Grande oportunidade também para os jovens destacarem-se e mostrar serviço. Estarei de olho neles…
Claramente foi um questionamento irônico, detonando o Orlandinho.