Um fato me chamou atenção logo após o US Open. O atual número 10 do ranking, o búlgaro Grigor Dimitrov, atingiu a casa dos 3.710 pontos nas últimas 52 semanas. Me pareceu de cara uma marca expressiva. Ao longo de 2014, o máximo que o número 10 havia obtido eram 3.150, em julho, com Andy Murray na posição.
Solicitei checagem, mas a ATP ainda não respondeu. Desde que a entidade mudou a pontuação para o formato atual, a partir de janeiro de 2009, tudo indica que este é o mais forte dos top 10. Em abril daquele ano, Gael Monfils tinha 3.600 pontos nessa posição, o que deveria ser até então a melhor performance. Para se ter uma ideia da diferença, em julho de 2011 Andy Roddick somava “apenas” 2.100. No ranking final de 2012, o 10º colocado era Richard Gasquet, com 2.500; e no que encerrou a temporada do ano passado, Jo-Wilfried Tsonga aparece com 3.065.
Isso mostra o inusitado equilíbrio que o ranking masculino atinge numa de suas mais concorridas temporadas. A distância entre Dimitrov e o quinto do mundo, David Ferrer, é inferior a 800 pontos, bem menos do que a vantagem que o búlgaro tem para Ernests Gulbis, 13º, que supera a casa dos 1.000.
O ranking da temporada, que considera somente a pontuação desde janeiro, deixa isso ainda mais claro. Nos dois últimos anos, o oitavo classificado para o Finals chegou a Londres com cerca de 3.400 pontos. No momento, estima-se que a linha de corte será muito maior, bem perto da casa dos 4.500, talvez dos 4.700.
E a melhor notícia: um novato já se garantiu (Marin Cilic) e outros três têm grande chance de jogar o Finals: Kei Nishikori, Milos Raonic e o próprio Dimitrov. Eles podem tirar ‘medalhões’ como Murray, Tsonga, Tomas Berdych e David Ferrer, o que seria uma tremenda renovação para o torneio que encerra a temporada.
Treino de luxo – A federação da Ìndia contratou Tony Roche para a pré-temporada que os melhores tenistas nacionais farão em dezembro. Os jogadores serão reunidos em Bangalore para oito dias de trabalho. Roche treinou nada menos que Roger Federer, Ivan Lendl e Patrick Rafter.
Bola fora – A desistência de última hora de Stan Wawrinka deixou os organizadores do ATP de Metz enfurecidos. O suíço avisou por email na sexta-feira, quando começaram os jogos da Copa Davis e um dia antes do sorteio da chave, que é o prazo regulamentar. A imagem do número 4 do mundo foi usada em toda a publicidade do torneio. Os franceses querem atitude firme da ATP.
Desafio – O internauta Norbert Goldberg faturou o desafio lançado para a Copa Davis e receberá a camisa Wilson autografada por Bruno Soares. Ele acertou o placar final dos três confrontos sugeridos (considerei correto 3 a 2 para o Brasil), empatando com Rafael Benthien, mas levando a melhor na pergunta desempate sobre a quantidade de sets disputados.