Sem qualquer top 10 em quadra, os ATPs da semana abriram espaço para a nova geração, mas ainda assim dois ‘trintões’ levaram títulos (Philipp Kohlschreiber e Nicolás Almagro). Ruim? Nem tanto. Houve muito jogo gostoso de se assistir.
De qualquer forma, Munique teve bons momentos de Dominic Thiem e Alexander Zverev, Estoril deu outra chance a Pablo Carreño e mostrou a qualidade incrível de Nick Kyrgios. Istambul consagrou o baixinho e guerreiro Diego Schwartzman.
Aliás, dos seis finalistas dos ATPs da semana, nada menos que quatro usam backhand de uma mão e dois deles se saíram campeões. Já a Argentina, que amargou um 2015 sem qualquer conquista, fatura seu terceiro ATP e com três nomes diferentes. Não é uma redenção, mas perto do tênis brasileiro…
Schwartzman venceu os três últimos jogos de Istambul de virada, sinal de enorme força física e mental. Aliás, escapou de dois match-points nas quartas e estava nas cordas contra Grigor Dimitrov. Aí o búlgaro sentiu de novo a pressão da vitória, deixou escapar a chance e deu um tremendo vexame ao estraçalhar três raquetes. Pìorou ainda mais sua imagem.
Thiem não soube ganhar em Munique, ainda que tenha feito ótimos jogos contra Zverev e Kohlschreiber. A seu favor, a ideia de atuar de forma mais ofensiva, com excelente trabalho junto à rede. Mas ainda falha nas escolhas quando está no aperto e daí se aproveitou o experiente Kohlschreiber. Grande jogo.
Por fim, apesar de carecer de simpatia, é difícil não se impressionar com a qualidade dos golpes de Almagro. Dominou Nick Kyrgios e não perdeu a cabeça quando deixou o primeiro set escapar contra Pablo Carreño. Aliás, o espanhol de 24 anos, que pintou com tanta esperança, está finalmente amadurecendo. Fez sua segunda final de ATP neste ano sem sucesso, mas parece uma questão de tempo até erguer o primeiro troféu.
No feminino, dois resultados também interessantes. Lucie Safarova, que sempre foi uma das minhas tenistas preferidas, chegou a Praga com cinco derrotas vindo da parada por problemas de saúde. Aí embalou e levou o troféu, seu primeiro sobre o saibro desde 2005. História de superação. Ela defende o vice em Roland Garros.
Já a suíça Timea Bacsinszky ganhou Rabat, um WTA menor, é verdade, mas que a leva de volta ao top 15 e possivelmente à boa condição de cabeça de chave para Paris, onde foi semi no ano passado. Do jeito que o circuito feminino está instável, Safarova e Bacsinszky merecem atenção.