ATP terá um Masters 1000 na Arábia Saudita a partir de 2028

Foto: SURJ Sports Investment

Paris (França) – A ATP anunciou nesta quinta-feira uma parceria com a SURJ Sports Investment, empresa vinculada ao Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, para a criação de um novo torneio da categoria Masters 1000, que será disputado a partir de 2028.

Em um movimento inédito de expansão dessa categoria de torneios, a Arábia Saudita será palco do décimo Masters 1000 na temporada, juntando-se aos já tradicionais eventos de Indian Wells, Miami, Monte Carlo, Madri, Roma, Canadá, Cincinnati, Xangai e Paris. A capital francesa, que recebe o último Masters de 2025, também recebeu o encontro de dirigentes para a definição do novo torneio saudita.

Participaram da cerimônia Yazeed A. Al-Humied, vice-governador e chefe de investimentos do PIF; Andrea Gaudenzi, presidente da ATP; Sua Excelência Yasir O. Al-Rumayyan, governador da PIF; Danny Townsend, CEO da SURJ Sports Investment; e Bandar Mogren, presidente da SURJ Sports Investment e diretor de operações da PIF.

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O anúncio reforça a crescente presença do país no cenário do tênis profissional. Desde 2023, Jeddah recebe o Next Gen ATP Finals, torneio que reúne jovens promessas do circuito, enquanto Riad passou a sediar o WTA Finals em 2024. Segundo a ATP, a criação do novo Masters 1000 “deve fortalecer ainda mais a conexão do país com o tênis e inspirar uma nova geração de fãs ao proporcionar mais uma oportunidade de ver os melhores jogadores do mundo em ação”.

O presidente da ATP, Andrea Gaudenzi, destacou a importância histórica do acordo. “Este é um momento de orgulho para nós e o resultado de uma jornada que vem sendo construída há anos. A Arábia Saudita demonstrou um compromisso genuíno com o tênis. Não apenas no nível profissional, mas também no desenvolvimento do esporte em todas as esferas. A ambição do PIF para o tênis é clara, e acreditamos que tanto fãs quanto jogadores ficarão impressionados com o que está por vir. O fortalecimento dos nossos eventos premium está impulsionando um crescimento recorde e uma transformação em todo o circuito, e somos gratos aos nossos parceiros do PIF e da SURJ por compartilharem dessa visão”, declarou Gaudenzi.

Já o presidente da SURJ Sports Investment, Bander Bin Mogren, ressaltou o impacto global da nova competição. “Trazer um Masters 1000 para a Arábia Saudita é um grande passo para o tênis na região e reflete nosso compromisso conjunto com a ATP de promover o crescimento do esporte em escala mundial. Este anúncio reforça a posição do país como destino de esportes de alto nível e fortalece nossa ambição de apoiar atletas, fãs e toda a comunidade do tênis por muitos anos. Temos orgulho de liderar essa iniciativa ao lado da ATP e estamos comprometidos em entregar um torneio que deixe um legado duradouro para o esporte”, afirmou.

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Gilvan
Gilvan
1 mês atrás

Dito e feito! Nada mais natural, uma vez que o eixo financeiro do planeta está saindo do hemisfério norte para o chamado “sul global”.
Próximo passo é trazer um M1000 para a América Latina (as principais opções são México e Brasil). Chega de um circuito limitado a Europa, EUA e Austrália.

SANDRO
SANDRO
1 mês atrás
Responder para  Gilvan

Como escreve asneiras…A riquíssima , luxuosa, glamourosa Arábia Saudita nunca foi “Sul Global” … Querer comparar Arábia Saudita com Brasil é muita ignorância geopolítica…

Enoch
Enoch
1 mês atrás
Responder para  SANDRO

Sandro, infelizmente tu não conhece os conceitos de Sul Global… segundo a maioria dos acadêmicos que estuda o termo (e suas causas-consequências), o Oriente Médio como um todo faz parte do sul global, com exceção de Israel.

Gilvan
Gilvan
1 mês atrás
Responder para  SANDRO

Acho que você não entendeu bem o conceito de “sul global”, nem de “Ocidente”. Vá perguntar para os estado unidenses ou para os europeus se eles consideram a Arábia Saudita parte do chamado “Ocidente”. E isso tudo a despeito de ela ser uma parceira comercial histórica dos EUA (assim como hoje é da China). Sim, eles estão muito mais próximos da China, da Índia, do Brasil, do que da Europa, EUA, Austrália e outros satélites.
Não à toa, a Arábia Saudita foi convidada para fazer parte dos BRICS, e parece estar bem inclinada a aceitar a oferta. Afinal, quem vai querer abrir mão de 40% do PIB mundial?

SANDRO
SANDRO
1 mês atrás
Responder para  Gilvan

Vocês estão muito “teoricozinhos” neste conceito de “Sul Global”, a Arábia Saudita está muito longe disso na prática… Conceito de “Sul Global” eu conheço sim, e discordo porque conceito é uma coisa e a realidade na prática é outra… Não se deve misturar realidade com “teorias equivocadas”, e muito menos generalizar “Oriente Médio” que é muito mais diverso que a cabecinha teórica de vocês… A realidade da Arábia Saudita está anos-luz de distância de países como Yemen e Syria…

Gilvan
Gilvan
1 mês atrás
Responder para  SANDRO

Sandro, não precisa vir cheio de pedras na mão, estamos apenas conversando. O Brasil também está a anos luz do Paraguai, o que não faz com que tenhamos uma posição geopolítica muito diferente dos nossos vizinhos mais pobres.
E, de fato, para os “gringos” europeus e norte-americanos, somos tudo a mesma coisa (latinos, árabes, asiáticos, africanos). Eles se vêem muito mais próximos de Israel (colonizada principalmente por judeus vindos da Europa) do que da Turquia, por exemplo, a despeito da proximidade geográfica.
Pra eles somos todos uns morenos bárbaros. Alguns com mais dinheiro, outros com menos dinheiro, alguns com mais território, outros com menos território, alguns com mais poder político, outros com menos poder político, mas todos povos de segunda linha. Com a ascensão da China e a queda do império norte-americano, aliado à perda de relevância dos países europeus (econômica, política, militar etc) isso vem mudando e vemos isso se refletir inclusive no calendário da ATP (hoje temos um M1000 na China, teremos um M1000 na Arábia Saudita, temos um ATP 500 no Brasil e por aí vai).
Como alguém colocou abaixo: follow the money!

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 mês atrás

O circuito de tênis feminino tem 10 torneios WTA 1000 atualmente. Com a inclusão do Master 1000 da Arábia Saudita, a quantidade de torneios do nível 1000 ficará igual nos dois gêneros, feminino e masculino. Imagino que vai ter jogadores que vão reclamar e outros que vão gostar de um torneio a mais na temporada.

Mauricio
Mauricio
1 mês atrás

Follow the money!!!

SANDRO
SANDRO
1 mês atrás
Responder para  Mauricio

Com certeza $$$ Muito luxo $$$

Mário Mendonça
Mário Mendonça
1 mês atrás
Responder para  Mauricio

Não importa se é uma Ditadura, desde que seja “amiga”, são sempre bem vindas ao mundo da alta grana!

Luiz Correia
Luiz Correia
1 mês atrás

Será um fracasso de público, com certeza. A América do Sul merecia muito mais!

André Aguiar
André Aguiar
1 mês atrás

Money talks

SANDRO
SANDRO
1 mês atrás

Com certeza será um MASTERS MIL com cara de GRAND SLAM com muito luxo, pompa, glamour, óbvio que dinheiro não vai faltar… Com certeza será melhor que o longínquo AUSTRALIAN OPEN do fim do mundo…

Realista
Realista
1 mês atrás

Só vai dar reclamações. Os tenistas de ponta vão reclamar. Os torcedores do Djokovic vão reclamar pq vão passar os recordes dele mais fácil. E o pessoal dos direitos humanos vão reclamar dos países arabes por conta do tratamento às mulheres.

Gilvan
Gilvan
1 mês atrás
Responder para  Realista

E diga-se de passagem: as reclamações quanto ao tratamento dado às mulheres na Arábia Saudita são válidas.
Assim como seriam válidas as reclamações sobre o tratamento dado pelos EUA aos negros e aos imigrantes, o tratamento dado pelos europeus aos muçulmanos, asiáticos, ciganos, aos europeus do leste, o tratamento dado pelos australianos aos seus povos aborígenes… a lista é bem longa, ainda que alguns abusos aos direitos humanos tenham sido normalizados ao longo das décadas.

Rafael
Rafael
1 mês atrás

Petrodólares!

Eduardo Braga
Eduardo Braga
1 mês atrás

money talks… and the damage is done. Vai quebrar a tradição de 9 masters e desqualificar as estatísticas. La-men-tá-vel. Se fosse num Brasil, ainda ia

Gilvan
Gilvan
1 mês atrás
Responder para  Eduardo Braga

Eu sou favorável a extinguir um desses M1000 que sempre está esvaziado, como Monte Carlo e Montreal/Toronto. Não fariam falta alguma para o circuito e têm cheiro de naftalina.
Contudo, a ATP é um transatlântico, de movimentos lentos e demorados, mas que parecem ter um destino certo (descentralizar os torneios de tênis do eixo Europa-EUA). No que faz muito bem, já que o eixo da economia está se movendo cada vez mais rápido para os países do sul global. Ninguém quer ficar agarrado em galho podre.

Mauricio
Mauricio
1 mês atrás
Responder para  Gilvan

Entende tudo de economia…kkk

Gilvan
Gilvan
1 mês atrás
Responder para  Mauricio

“Em 2000, os 20 países que compõe a zona do euro (nações que integram a União Europeia e usam o euro como moeda) representavam quase 20% da economia mundial — e a China; menos de 4%.

Em 2023, a participação da China na economia mundial saltou para 17%; e a dos países da zona do euro encolheu para menos de 15%.

Ao longo deste século, a economia da zona do euro cresceu em média 1,27% ao ano — abaixo do ritmo de crescimento econômico do mundo todo, que no período foi de 2,97%.

E a Europa viu outros países e regiões crescerem em um ritmo mais acelerado: 2,17% nos EUA, 8,24% na China e 2,29% no Brasil.”

“A soma das reservas mundiais em moedas estrangeiras equivalia a mais de US$ 12 trilhões em março de 2025, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Desse total, mais de 57% estava alocado em dólar.

Ou seja, a moeda americana ainda domina. No entanto, no começo dos anos 2000, essa fatia superava 70%.”

Europa perde cada vez mais relevância em termos econômicos, políticos e militares no planeta. A queda dos EUA é ainda mais acentuada e abrupta, ainda que representem o maior poderio militar do planeta até os dias de hoje.
Os ventos estão mudando, galera, e é uma mudança irreversível.

Mauricio
Mauricio
1 mês atrás
Responder para  Gilvan

São ciclos e não há como negar. Desde que o mundo é mundo há um domínio econômico, social e cultural de determinada (s) nação(ões), mas ainda estamos longe, muito longe, do encerramento do domínio dos EUA. A china cresceu perto de 10% nas duas décadas passadas. Hoje já perdeu, e muito, seu ímpeto.
Praticamente certo que um dia será dominante, mas nem vc, nem eu, veremos isso. Certo como amanhã é sábado.
Sem mais para o momento.

Only Roger Can Fly
Only Roger Can Fly
1 mês atrás
Responder para  Mauricio

A China já é dominante, só o Trump ainda acredita que manda no mundo kkkkkk

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás

O torneio na Arábia, deve ocorrer em fevereiro, mês onde temos torneios de saibro na América do Sul.
Sempre foi dito (pela ATP) a dificuldade de colocar um master mil no continente sul-americana, muito pela agenda do circuito.
Agora, com alguns milhares de petrodolares abriu a agenda do tênis.
O torneio na Arábia irá esvaziar (ainda mais) o torneio do Rio Open.
A América do Sul continua sem um torneio importante do tênis (Master Mil).

Paulo Guerra
Paulo Guerra
1 mês atrás

A América do Sul precisa de um torneio master 1000, sendo que a sede ideal é Buenos Aires, haja vista que os portenhos tem os melhores jogadores do continente sulamericano.

SANDRO
SANDRO
1 mês atrás
Responder para  Paulo Guerra

Até que enfim alguém coerente sem a famosa “patriotada”… Se algum dia existir um Masters Mil na América do Sul, a Argentina merece muito mais que o Brasil sediá-lo…

Mário Mendonça
Mário Mendonça
1 mês atrás

Só a grande imprensa não criticar essa “ditadura amiga”, que são sempre bem-vindos!

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